a alma está faminta, ávida por um afago. assim como a minha, há muitas outras por aí, cheias de fome e inquietações. o papel torna-se destino para essas inquietações, que depois de se debaterem dentro do peito têm que sair. mas também podem ir parar numa foto, num vídeo, num site ou numa música. depois que elas saem, enchem o mundo de beleza. a missão desse espaço é abrigar pitadas dessa beleza, que são, no fim de tudo, o tal do alimento da alma....
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Cotidiano
De tudo que eu sei... Nada. A cabeça acha que pensa, mas pelo menos já começa a trabalhar com a ideia de que não manda. O corpo acha que sente, mas começa a aceitar a ideia de que vive em intenso estado de anestesia. As certezas há muito sumiram. Uma a uma caíram por terra. Isto posto, sigo. Pelo menos o medo já não paralisa. Assusta, mas não paralisa. Os dias chegam e vão embora vividos. Pelo menos mais que ontem. Por enquanto só o medo se repete. E dói. Mas pelo menos já não paralisa...
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Soleira
A porta estava aberta, convidando-a a cruzar a soleira. Lá fora um dia estúpido de tanta luz. Luz brilhante de cegar. A luz convidava pro novo. Mas ela teve medo. Mesmo com tanto reluzir dourado, ela teve medo. Por isso sentou-se no chão pra esperar. Como viu que ela não reagia, resolveram que era hora. Por trás veio o empurrão. E quando reparou, lá estava ela cruzando a porta. Atras de si a escuridão. A sua frente, o amarelo do sol. Mesmo assim, ainda pensou em dar meia volta...
V.B.
V.B.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Dieta
Não cometi de fato tudo que deveria, apesar de, vez em quando me ocorrer que cometi mais do que me seria permitido a principio. De qualquer forma, é fato que, na maior parte das vezes, me comportei. Ganhei as estrelinhas de boa menina e deixei ficar na boca apenas o gosto do cotidiano. Sem graça... Nem sempre ser comportado mata a fome...
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Nostalgia
Saudades do tempo em que éramos só eu, o papel e a caneta. Essas teclas e tecnologias às vezes tiram a vontade da poesia. Saudosismo bobo, eu sei. Bobo como todo saudosismo. Mas às vezes a vida é mesmo feita de banzo... Sem querer ser ingrata com as teclas e com a tela branca. A verdade é que as vezes essa brancura brilhante meio que inibe. Gostava mesmo das linhazinhas... Saudosismo de novo... Deixa pra lá...
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