quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Caixa de maldades

Somos todos meio maus. Às vezes inteiramente. O rancor, a mágoa, a maledicência, a inveja, todos os dias nos espreitam, e, de vez em quando, nos dão as mãos, afim de dar uma voltinha conosco pelas esquinas da vida. Nem sempre conseguimos resistir a essas companhias. Isso não nos faz piores de fato. Não piora nossas naturezas. Apenas nos confronta com elas. Sem máscaras, apesar de disfarçarmos isso tão bem... Apenas hmanos.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cotidiano

De tudo que eu sei... Nada. A cabeça acha que pensa, mas pelo menos já começa a trabalhar com a ideia de que não manda. O corpo acha que sente, mas começa a aceitar a ideia de que vive em intenso estado de anestesia. As certezas há muito sumiram. Uma a uma caíram por terra. Isto posto, sigo. Pelo menos o medo já não paralisa. Assusta, mas não paralisa. Os dias chegam e vão embora vividos. Pelo menos mais que ontem. Por enquanto só o medo se repete. E dói. Mas pelo menos já não paralisa...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Soleira

A porta estava aberta, convidando-a a cruzar a soleira. Lá fora um dia estúpido de tanta luz. Luz brilhante de cegar. A luz convidava pro novo. Mas ela teve medo. Mesmo com tanto reluzir dourado, ela teve medo. Por isso sentou-se no chão pra esperar. Como viu que ela não reagia, resolveram que era hora. Por trás veio o empurrão. E quando reparou, lá estava ela cruzando a porta. Atras de si a escuridão. A sua frente, o amarelo do sol. Mesmo assim, ainda pensou em dar meia volta...
V.B.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dieta

Não cometi de fato tudo que deveria, apesar de, vez em quando me ocorrer que cometi mais do que me seria permitido a principio. De qualquer forma, é fato que, na maior parte das vezes, me comportei. Ganhei as estrelinhas de boa menina e deixei ficar na boca apenas o gosto do cotidiano. Sem graça... Nem sempre ser comportado mata a fome...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Nostalgia

Saudades do tempo em que éramos só eu, o papel e a caneta. Essas teclas e tecnologias às vezes tiram a vontade da poesia. Saudosismo bobo, eu sei. Bobo como todo saudosismo. Mas às vezes a vida é mesmo feita de banzo... Sem querer ser ingrata com as teclas e com a tela branca. A verdade é que as vezes essa brancura brilhante meio que inibe. Gostava mesmo das linhazinhas... Saudosismo de novo... Deixa pra lá...