a alma está faminta, ávida por um afago. assim como a minha, há muitas outras por aí, cheias de fome e inquietações. o papel torna-se destino para essas inquietações, que depois de se debaterem dentro do peito têm que sair. mas também podem ir parar numa foto, num vídeo, num site ou numa música. depois que elas saem, enchem o mundo de beleza. a missão desse espaço é abrigar pitadas dessa beleza, que são, no fim de tudo, o tal do alimento da alma....
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Este post abaixo surge por um motivo excepcional. Achei esse texto AGORA, remexendo as minhas coisas e resolvi colocar. É um texto do Nietszche fala de algo que todo mundo já viveu: o fim de uma amizade, sentimento que em extensão refere-se a todas as relações. Elas acabam por isso, pq "mares e sóis diferentes" nos fazem mudar. Belo texto. Está aí pra vcs....
Amizade de Astros
“Éramos amigos e nos tornamos estranhos um para o outro.
Mas é bom que seja assim, e não procuraremos dissimular nem disfarçar, como se devêssemos ter vergonha disso.
Como dois navios que seguem cada um seu rumo e seu próprio objetivo, assim, sem dúvida, poderemos nos encontrar e celebrar festas entre nós, como já fizemos antes – e então, os bons navios repousavam lado a lado, no mesmo porto, sob o sol, tão tranqüilos que se poderia dizer que já tinham chegado ao seu objetivo e tivessem tido a mesma destinação.
Mas, em seguida, o apelo irresistível da nossa missão nos levaria de novo para longe um do outro, cada um sobre mares, rumo a paragens, sob sóis diferentes – talvez para nunca mais nos revermos, talvez para nos revermos uma vez mais, mas sem nos reconhecermos: mares e sóis diferentes provavelmente nos fizeram mudar!”
(Amizade de Astros – Nietszche)
Mas é bom que seja assim, e não procuraremos dissimular nem disfarçar, como se devêssemos ter vergonha disso.
Como dois navios que seguem cada um seu rumo e seu próprio objetivo, assim, sem dúvida, poderemos nos encontrar e celebrar festas entre nós, como já fizemos antes – e então, os bons navios repousavam lado a lado, no mesmo porto, sob o sol, tão tranqüilos que se poderia dizer que já tinham chegado ao seu objetivo e tivessem tido a mesma destinação.
Mas, em seguida, o apelo irresistível da nossa missão nos levaria de novo para longe um do outro, cada um sobre mares, rumo a paragens, sob sóis diferentes – talvez para nunca mais nos revermos, talvez para nos revermos uma vez mais, mas sem nos reconhecermos: mares e sóis diferentes provavelmente nos fizeram mudar!”
(Amizade de Astros – Nietszche)
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